quarta-feira, 4 de junho de 2014

O Grêmio até aqui

O que temos a dizer sobre o time do Grêmio até aqui, neste ano? Bom, vamos lá...

   Depois de um 2013 ruim para o Grêmio, onde caiu nas oitavas da Libertadores, perdeu na semifinal da Copa do Brasil para um desfavorecido Atlético-PR, e em que o time apenas conquistou um “vice-campeonato” brasileiro, com um bom elenco, com Vargas, Fernando & cia, porém decepcionando sua torcida com resultados em relação às competições anteriormente citadas, o Grêmio iniciou um 2014 com novos ares.

   Pelo menos era o que se dava para observar no inicio do ano. Mesmo com um elenco sem “estrelinha”, um time sem um GRANDE nome, com a saída daquele que era para ter sido o nome do time ano passado, Vargas, e também com o “glorioso” Dida sendo negociado com o coirmão, - entre outras perdas -, o Grêmio demonstrava ter mudado para o novo ano, o ano da Copa, e que tinha como principal objetivo conquistar o tão sonhado Tri da América.

   O que se comentava entre os torcedores no inicio do ano, diferente dos anos anteriores, era que estavam todos um pouco “preocupados” com o time. Deixaram de criar toda aquela imensa expectativa em volta da conquista de títulos e começaram a por os pés no chão. Parecia que estavam vacinados contra isso. Contra aquele negócio de sempre criar expectativas e sair frustrado no fim. Todos duvidavam, no inicio, que o Grêmio poderia nos surpreender com grandes conquistas neste ano, sabíamos que era um time até mesmo “limitado” (pode não ser a palavra certa), mas que nem por isso deixaríamos de apoia-lo e incentiva-lo. Afinal, estaríamos com o Grêmio onde o Grêmio estivesse.

   E começam as competições. Primeiramente o Gauchão, que foi disputado pelos reservas, ou “time B”. Que foram bem na competição, e em alguns jogos dando espaço para a equipe titular disputar os confrontos, levaram o time à final do estadual contra nosso maior rival: Internacional. E ai é aonde vem nossa primeira decepção com o time neste ano: primeiro jogo da final é na Arena. Torcedor presente fazendo a festa, empurrando o Tricolor, confiante na vitória. E o que acontece? Derrota por 2x1 em casa. Ok, mordidos, seguiu a semana até o jogo de volta, em Caxias do Sul. E mais uma vez todos confiantes na virada, todos sabendo que o time seria capaz de reverter o placar, entusiasmados. E o que acontece: uma (dolorosa) goleada de 4x1 para os vermelhos. Terminar o Gauchão perdendo a final de goleada, e tendo que ver nosso maior rival levantar o troféu, doeu.

   Depois do vexame provocado mais pelos placares dos jogos do que pelo fato de termos perdido o títulos, demos ênfase à Libertadores, a obsessão neste ano. O Grêmio estava no temido “grupo da morte”. A campanha na fase de grupos da competição foi espetacular: invicto, com quatro vitórias (duas fora) e dois empates, se classificou como em primeiro lugar no grupo e segundo melhor “geral”. Os jogos, as vitórias, as boas atuações, deram ânimo ao torcedor que passou a acreditar cada vez mais que o time poderia sim levantar a taça do Tri esse ano.

   Mas ai veio o balde de água fria; enfrentaríamos o tal ‘San Lorenzo’ nas oitavas, um time considerado fraco por alguns. De fato poderia ser, pois é um time sem muita tradição na competição, com onze participações e nenhum título. O Grêmio era apontado como favorito por muitos. E a este ponto aquela “vacina anti-entusiasmo” de muitos, já tinha se ido pelos ares. Estavam todos eufóricos e superconfiantes no time. Não só por se tratar de que iriamos enfrentar um clube que é apenas um campeão argentino (e só), mas pela baita campanha na fase de grupos pelo nosso tricolor que era bem melhor do que a do clube argentino.

   O futebol é uma caixinha de surpresas, e às vezes nem sempre gostamos dessas surpresas. Primeiro jogo na argentina, pela melhor campanha, o Grêmio decidiria em casa a classificação. Fomos à argentina cientes de que poderíamos sim ganhar, mesmo que de um placar pequeno.
   Não foi o que aconteceu. Derrota. “Mas foi de apenas 1x0”. No jogo na Arena, novamente, assim como havia sido no jogo de volta na final do Campeonato Gaúcho, estávamos todos confiantes na vitória, há quem dizia que o Grêmio iria “patrolar” o San Lorenzo na Arena. Sim, inclusive eu; pensava que não havia motivos, e nem como o Grêmio não ganhar. De fato ganhou, de apenas 1x0 e a derrota acabou vindo nos pênaltis. Derrota sofrida, daquelas que faz os gremistas chorarem desolados (talvez um exagero). Inexplicável o que aconteceu com o Grêmio, que era muito mais time que o clube argentino. Nosso tricolor dava adeus ao sonho do Tri da América.

   Eliminado da Libertadores, resta-nos o Brasileirão. O time vem bem, mas poderia estar muito melhor. Deixou de ganhar pontos importantes em jogos em que a dificuldade era menor. Cometeu alguns erros que não o permitiram de estar mais bem colocado. Até agora, com a parada para a Copa, o Grêmio possui 15 pontos e está em 6 lugar. Quando digo que poderia estar melhor, exemplifico dizendo que ele poderia estar entre os três primeiros, o que não seria nada mal, nada mal mesmo. Ainda tem a Copa do Brasil, mais adiante, mas isso é papo para outra hora.

   Um ano que tinha tudo para ser perfeito (ou quase) que foi desmoronando aos poucos, primeiro no gauchão e depois na Libertadores. Mas qual o problema do Grêmio? Ou quais os problemas? Será que é interno? Ou serão mesmo os jogadores que são muito ruins?

   De fato, o Grêmio precisa de mudanças se quiser conquistar algum título ainda este ano. A começar modificando peças no time, jogadores que visivelmente não tem mais condições de jogar.

   Pego principalmente no pé do Barcos. Pra mim o cara que mais faz lambança no time. Pode ser que eu não entenda nada de futebol, mas mesmo se não entendesse saberia que faz muito tempo que o pirata joga com tapa-olho nos dois olhos. Sem contar nos gols que vem devendo à equipe. Um cone. Me dá uma certa agonia quando o vejo com a bola nos pés, não sabe o que fazer, se enrola sozinho e até perde a bola para si mesmo. Um ou dos jogos no banco não fariam mal a ele.
   Vejo muita gente criticando o Pará. Não entendo. Assim como todos, Pará tem suas dificuldades, mas pra mim é um cara que honra o manto que veste e que não entra em campo apenas para jogar pelo Grêmio, e sim para lutar pelo Grêmio. Pará tem consigo a raça que falta para muitos jogadores do time.
   Zé Roberto é outro que é bastante criticado. Até com razão. Pode ser que apesar da idade ele tenha um físico de dar inveja, mas não demostra um futebol do mesmo nível em campo. Foi um baita jogador, mas não consegue mais contribuir 90 minutos.
   Um importante desfalque é Luan. Faz muita falta ao time do Grêmio. Da velocidade ao time e ajuda muito no ataque com seus dribles. Que volte o mais rapidamente possível!
   E no mesmo nível está Dudu. Um cara esforçado, não se mixa pra qualquer um, assim como Pará. Mas coitado, um guri que tem um futuro promissor no futebol, e que ainda tem que jogar ao lado de Barcos.
   A de se elogia talvez aquele que vem sendo o nome do Grêmio em 2014: Marcelo Grohe. Em um momento ótimo, talvez o melhor até agora em sua carreira, Grohe vem operando milagres e fechando o gol do nosso Tricolor. Mesmo injustiçado no passado, um verdadeiro gremista que não desistiu do Grêmio.

   Sobre o resto do time, acho que não está ruim não. No geral, é um bom time. Tem bons atletas que podem sim conquistar um título. O problema é que o Sr. Enderson Moreira não faz nada para melhorar isso e continua pecando na montagem do time. Até mesmo eu, que me considero quase um leigo, vejo problemas nítidos que ele não enxerga. Se vê, deve ter alguma coisa que não o permite de agir.

   Como eu disse, o Grêmio não está mal. Foi muito mal na Libertadores e na final do Gauchão, ok. Errou e vem errado. Tem time, O que falta é organizar melhor o elenco, Falta aquele algo a mais, Um empurrão mais forte.

Mesmo nas dificuldades;
Nós somos bons torcedores
Sem hesitarmos sequer
Aplaudiremos o Grêmio
Aonde o Grêmio estiver

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