sábado, 2 de agosto de 2014

Só Felipão salva.

    Grêmio foi à Salvador enfrentar o Vitória na noite deste sábado, o resultado foi péssimo para o tricolor gaúcho.

    No comando de André Jardine, o Grêmio foi a campo com três mudanças: Edinho, no lugar de Ramiro; Breno ao invés de Saimon; e no ataque, Dudu na vaga de Fernandinho.



    Jogo muito disputado do inicio ao fim. As primeiras chances surgiram logo cedo para ambas as equipes. Mas quem aproveitou melhor foi o Grêmio, aos 11 minutos com Barcos, sim, Barcos, que recebeu lançamento de Dudu, dominou no peito e mandou com classe para o gol. O pirata enfim parece ter desencantado, mesmo que ainda não venha demonstrando atuações magnificas, marcou seu terceiro com em dois jogos, o que é o mais importante. Que continue assim.

    O Grêmio mantinha a posse da bola, e o Vitória apertava a marcação, fazendo com que o Grêmio tivesse dificuldades em trabalha-la com perfeição. O tricolor se postava bem defensivamente, Rhodolfo mantinha tudo sobre controle por ali fazendo um bom trabalho. Porém erros aconteciam, cruciais.

    Alguém que se destacou muito no jogo foi Dudu, que foi acionado na maioria dos lances nas jogadas de ataque do lado direito e sempre servia bem (às vezes nem tão bem assim) os atacantes que desperdiçavam as oportunidades. Por outro lado tínhamos um Luan um pouco apagado em campo, que cá entre nós, não vem atuando em sua melhor forma ultimamente. Prendia demais a bola consigo, errava passas simples. Definhava.

    Luan teve a melhor chance do Grêmio para ampliar a vantagem no segundo tempo. Ficou cara a cara com o goleiro Wilson e mandou pra fora. O futebol é injusto, e quem não faz, leva. No lance seguinte, gol do Vitória. Por mérito, vinha criando mais chances que o Grêmio, arriscava mais, atacava melhor. Afinal, jogava em casa.

    Mesmo antes de sofrer o gol, o Grêmio já não vinha bem. Quando o adversário marcou, ai o time deu uma desorganizada. Errou muitos passes cruciais no ataque que o prejudicou no resultado. Ficou afoito. Não conseguia ameaçar e fazer pressão ao Vitória.

    O crime maior ocorreu no pênalti, que não existiu, de Edinho em Dinei. Jogador claramente se joga ao solo sem motivo algum. E nem mesmo o árbitro "padrão FIFA" foi capaz de perceber tamanha simulação. Grohe foi bem na defesa, mas pecou em espalmar a bola à frente, nos pés de Caio, que no rebote, mandou pra dentro.


O Grêmio poderia ter definido o jogo ainda no primeiro tempo, mas faltou aquela garra que faz tempo que não vemos na equipe. Vencendo de um a zero fora de casa, vendo que podia fazer mais, o time não se arriscou, não tentou ampliar. Aquela raça copeira faz muita falta à equipe. O tricolor ainda tem várias baixas, vários pontos fracos. Como alguns dizem, “ainda fede a Enderson”. Felipão vai ter muito trabalho para tornar esse elenco em um time campeão, com raça e vontade.

A fase do Grêmio não é das ruins. Passou. Agora é uma fase de transição, rumo a glória. Peças o Grêmio tem, agora, resta ao Sr. Scolari saber manusear tais peças e torna-las fortes e indestrutíveis. Acredito muito no trabalho de Felipão, espero ter inúmeras alegrias com ele a frete do meu grêmio. Agora e esperar pra ver. Torcer e comemorar.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

THE ENDerson

O trabalho de Enderson Moreira chegou ao fim, no Grêmio. Até que enfim, diga-se de passagem. Ainda mais com o que vimos ontem na Arena. E não só pelos resultados no placar, foi por um conjunto de erros que culminaram em sua saída do tricolor.

Difícil entender como esse fato só o correu agora. Depois de entregar o Campeonato Gaúcho ao Internacional com duas derrotas, sendo um em plena Arena e outra por goleada de4 a 1. Enfurecendo a torcida, Enderson seguiu. Paralelo ao gauchão havia a Libertadores, onde o time teve uma boa campanha na fase de grupos que, porém, não amenizou sua situação no cargo, pois logo na fase seguinte, nas oitavas, caiu diante de um San Lorenzo nos pênaltis, também em casa. Ali, pra mim, já bastava, já teria sido ali o momento de demiti-lo. Mas Enderson seguiu no cargo. Muito contestado pela torcida, mas permaneceu aos trancos e barrancos comandando o tricolor à beira do campo.

Veio a parada para a Copa, as esperanças se renovaram, não só com o treinador, mas também com a equipe que se reforçou muito bem para o segundo semestre com bons jogadores. Mas não vimos nada, absolutamente nada de diferente na equipe além de novos jogadores em campo. Não vimos uma mudança na postura do time, se quer uma mudança tática. Muito pelo contrário, um Grêmio apático, perdido em campo até mesmo dentro da própria casa. Bagunçado, sem um comando, um Deus nos acuda. Não parecia ser uma equipe, e sim 10 jogadores correndo atrás da bola.

 Enderson pareceu não ter absorvido nada de produtivo depois de ver a postura de grandes seleções em campo na Copa do Mundo, como Holanda, Alemanha, etc. Não conseguiu aplicar nada de diferente na equipe do Grêmio.

Não foi capaz (ou por algum outro motivo) de ver que Barcos não rendia nada em campo, não teve coragem (?) de tirar sua titularidade e dar chance ao garoto Lucas Coelho, que entrou bem em duas chances que havia tido. Sendo melhor que Barcos em apenas 15 minutos de partida.

Dos três jogos, nenhuma grande atuação, daquelas de encher os olhos. Até mesmo na vitória sobre o Figueirense, fora de casa, o time não convenceu. Fez o gol no inicio da partida e não rendeu mais. Chegou a passar por apuros diante de um time medíocre que é, com todo respeito, o Figueirense. Queimou o menino Saimon na lateral esquerda. Um zagueiro destro improvisado na lateral esquerda... Ok, o jogador não foi tão mal, mas teria outras opções para a posição, não precisava colocar um ‘zagueiro’ ali.

Ontem na Arena contra o Coritiba a mesma coisa. Uma bagunça em campo. O único ponto positivo foi o que considero o melhor jogo de Barcos no ano. Não somente pelos dois gols, mas sim por uma atuação, não boa, mas melhor do que as que o centroavante vinha apresentando anteriormente. O pirata está longe de ser o que era no Palmeiras, mas ontem mostrou que é capaz de surpreender. Espero que a partir de agora, volte a ser o que era quando chegou ao tricolor.

Mesmo estando apenas no começo do Campeonato, nos encaminhando para a 13º Rodada, acredito que este foi/vai ser mais um ano medíocre para o tricolor. É triste ter está perspectiva, mas pensar em título do brasileirão agora, já é loucura. Temos ainda a Copa do Brasil, ai sim vejo nossa grande chance de títulos. Espero que o próximo técnico possa nos dar esta alegria de voltar a gritar “é campeão!”.

Foto: Lucas Uebel/Grêmio

PUBLICIDADE